Qual é a diferença entre UX e UI e como trabalham juntos?

7 minutos para ler

Com a ascensão do digital, ocorreu uma verdadeira revolução na forma como as organizações operam em relação ao seu público-alvo. Além disso, com o surgimento de novos modelos de negócio e, principalmente, com a grande aceleração do processo de transformação, as estratégias conhecidas como “user-centric” começaram a se popularizar.

Nesse caso, estamos falando da implementação de práticas que visam à estruturação de todos os processos do empreendimento com o foco nas necessidades dos usuários, que passaram a ser as peças centrais. Nesse contexto, dois motores de mudança — e verdadeiros facilitadores desse processo — ganharam destaque: experiência do usuário e interface do usuário.

Nas próximas linhas, você verá o conceito e entenderá a diferença entre UX e UI. Também aprenderá como trabalham de forma conjunta, entre outros pontos-chave. Continue a leitura!

O que é UX (User Experience)?

É possível definir o UX (User Experience ou, em português, “experiência do usuário”) como o que o usuário sente no momento em que interage com a solução digital — produto ou serviço — que a empresa oferece. O UX está estreitamente relacionado aos estágios pelos quais o usuário vai passar até chegar ao produto final, o que o torna determinante para o sucesso do negócio.

Nesse caso, pode-se dizer que o UX se encarrega tanto do planejamento quanto da organização do funcionamento de um produto para assegurar que a experiência do usuário seja agradável. Isso, por sua vez, envolve os seguintes objetivos:

  • agradar e surpreender o usuário;
  • oferecer liberdade e controle;
  • auxiliar no desenvolvimento dos serviços e/ou produtos, tornando-os de fácil utilização;
  • satisfazer às demandas do usuário.

O que é UI (User Interface)?

De forma geral, podemos afirmar que o UI (em português, “interface do usuário”) surgiu da intenção das marcas de estreitar os laços com o público consumidor. Isso as levou a potencializar os seus investimentos na criação de aplicativos, softwares, sites etc.

Assim, para que essa aproximação entre marca e cliente efetivamente acontecesse, era imperativo compreender os principais pontos que geravam uma interação positiva. O UI, diferentemente do UX, é o responsável pela parte visual de um projeto, com enfoque na interação do usuário com os apps, os sistemas, o site institucional etc.

Nesse contexto, uma boa interface é visualmente perceptível por meio, por exemplo, de botões bem posicionados e de um menu bem-feito. Em suma, os profissionais que atuam com o UI, via de regra, trabalham com os aspectos visuais de uma solução digital, buscando tornar a estética da interface tão agradável quanto possível.

No entanto, é válido pontuar que — embora lide com a questão visual — o design da interface não se limita à aparência. Na prática, trata-se de sinalizar claramente ao usuário qual é o caminho mais simples para o cumprimento do seu objetivo a partir dos elementos visuais. Ou seja, pode-se dizer que o UI tangibiliza a estratégia do UX, funcionando como uma “ponte” entre esse último e o usuário.

Qual é a diferença entre UX e UI e como trabalham juntos nas estratégias digitais?

Você se lembra de visitar um site institucional e achá-lo confuso, com informações relevantes “escondidas” na página e uma comunicação pouco clara? Esse é um claro exemplo de uma interface do usuário mal elaborada — o que, é importante ressaltar, pode custar bem caro para uma empresa.

O fato é que, na prática, quanto uma situação assim acontece e o usuário se depara com uma página confusa, passa por uma experiência negativa. Nesse caso, a tendência é de que ele retorne ao buscador utilizado inicialmente e acabe sendo direcionado ao concorrente da marca.

Inclusive, é nesse contexto que surge uma dúvida extremamente comum: a experiência do usuário não está, na verdade, ligada ao UI? É justamente nesse aspecto que ambos os termos se confundem.

Afinal, a interface do usuário impacta diretamente a experiência do usuário. No entanto, embora haja essa estreita associação, os termos não são sinônimos e, por isso, a seguir, vamos elencar algumas das principais diferenças entre UX e UI.

Interface visual

Basicamente, o UI apenas existe quando há uma interface visual, como o próprio nome já sugere. Então, quando não há uma tela, não há UI. O UX, por outro lado, está ligado às sensações que a experiência de navegação causará ao usuário, o que não necessariamente tem a ver com a existência de telas.

Micro interações e macro interações

Quando falamos de UX Design, falamos de um processo em que os profissionais buscam identificar necessidades e/ou dores do usuário para, posteriormente, validá-la (ou não) por meio de prototipagem, pesquisas etc. Já quando nos referimos ao UI Design, estamos abordando o desenvolvimento da interface.

Ela pode ou não ser visual, bem como a maneira como as pessoas interagirão com ela. Então, de certo modo, é possível pensar nos profissionais de UX como “arquitetos” de macro interações, e nos profissionais de UI como designers de micro interações.

Novamente, é notório o quanto ambas as áreas se “entrelaçam” nas estratégias digitais, especialmente, em se tratando do desenvolvimento de produtos.

Navegação

Quando consideramos a navegação, mais uma vez, fica claro como o UX e o UI se complementam. Afinal, o UI guia o usuário, enquanto o UX trabalha para que a navegação seja agradável.

Na prática, por exemplo, uma página institucional pode ser bastante atraente (visualmente falando), mas o que realmente tornará positiva a experiência dos usuários será o fácil acesso às informações buscadas — e, é claro, o fácil consumo.

Impacto

Nesse último aspecto, podemos dizer que ocorre uma “briga” entre emoção e razão. Isso porque o UI impacta o lado racional das pessoas, enquanto o UX afeta mais significativamente o lado emocional, a experiência.

Isso significa que considerar uma interface intuitiva e agradável, por exemplo, é uma ação e decorre do nosso raciocínio lógico, que tem a capacidade de avaliar o nível de usabilidade de um site ou de um app.

Contudo, a satisfação a partir da experiência oferecida envolve uma conexão sentimental. Inclusive, é um fator de peso que será decisivo para que, futuramente, o usuário visite (ou não) o site novamente. Nesse sentido, já vemos a atuação do UX.

Como é possível mensurar a aplicação de ambos e propor melhorias a partir dessa análise?

A aplicação de UX e UI de maneira conjunta gera uma série de vantagens. Entre elas, a geração de um valor maior para o público-alvo, o aumento das chances de encantar e reter os usuários, o fortalecimento da marca e, até mesmo, a elevação das conversões.

Diante disso, torna-se fundamental mensurar a performance de ambos nas suas estratégias digitais, o que tornará possível identificar eventuais oportunidades de melhorias. Nesse caso, em se tratando da interface do usuário, é necessário voltar a atenção a:

  • cores usadas, avaliando, por exemplo, se dificultam a leitura;
  • identidade visual da marca, certificando-se de que ela é respeitada;
  • diferenciação entre categorias, páginas etc.;
  • quão estratégico é o posicionamento dos elementos na página;
  • qualidade e tamanho das imagens inseridas etc.

Por outro lado, quanto à experiência do usuário, é válido observar:

  • taxa de permanência no site institucional;
  • funcionamento dos fluxos;
  • credibilidade e consistência dos conteúdos publicados etc.

Embora exista uma diferença entre UX e UI, ambos fazem parte de uma estratégia empresarial que vem crescendo exponencialmente com a ascensão digital e, é claro, a partir de modelos “user-centric”. Como resultado, então, temos uma vinculação emocional entre a marca/solução e o cliente por meio de geração de experiências altamente positivas.

A leitura foi produtiva? Então, aproveite para conferir também o post que aborda como descobrir as tendências de mercado para se destacar!

Posts relacionados

Deixe um comentário